PADRÕES DE CIRCULAÇÃO DE SOROTIPOS DO VÍRUS DA DENGUE EM GOIÂNIA, GOIÁS

PADRÕES DE CIRCULAÇÃO DE SOROTIPOS DO VÍRUS DA DENGUE EM GOIÂNIA, GOIÁS

Autoria Mariana Freitas Coelho

Coautoria Ronaldo Rodrigues de Oliveira Junior, Caroline Pires Santana e Isabela Cinquini Junqueira

Orientação Valéria Christina de Rezende Féres

Palavras-chave dengue vírus,sorotipo,banco de dados em saúde,epidemiologia

 

Resumo do Trabalho

 

O estado de Goiás tem experimentado uma alta incidência de dengue nos últimos 10 anos, principalmente em Goiânia, Goiás. Este estudo analisou a circulação de sorotipos de dengue entre 2015 e 2022. Um banco de dados de dengue foi construído usando o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram selecionados e analisados 1.102 registros contendo sorotipagem viral com base em variáveis sociodemográficas e clínicas. O software R versão foi empregado para processamento de dados, criação de banco de dados e análise estatística, utilizando o teste exato de Fisher para avaliar a associação entre variáveis categóricas e a variável de resultado. O sexo feminino exibiu uma frequência mais alta de casos em todos os sorotipos, variando de 52,3% a 65,48%. Para o DENV-1, a faixa etária afetada foi de 10 a 59 anos, enquanto para o DENV-2 e DENV-4, as maiores frequências foram observadas nos grupos etários de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos, respectivamente. A população parda e aquela com 13 anos de educação demonstraram as maiores frequências de casos. Os sintomas mais comuns foram febre (41,9%), mialgia (41,30%) e cefaléia (41,13%). Uma substituição do sorotipo predominante ocorreu em 2017 (DENV-1 para DENV-2) e em 2021 (DENV-2 para DENV-1). O DENV-1 foi identificado em 53,5% dos registros, DENV-2 em 38,3% e DENV-4 em 8,2%. Esses achados revelam a dinâmica de circulação viral na região e a complexa interação vírus-hospedeiro e os determinantes sociais e ambientais.